O Qu4tro Elementos Coletivo de História é um grupo formado a partir do encontro de pessoas com suas raízes culturais de base nordestina, africana, indígena e branca brasileira.

Construímos um discurso|atitude baseado no entendimento de quem somos e de onde pertencemos, a periferia. Lá fortalecemos vínculos e encontramos o significado de quem somos.

Por isso o Qu4tro Elementos Coletivo de Histórias, tem a sua pesquisa fundamentada na figura do Griot, transmissor da cultura em vários povos africanos, contador de histórias, artista multifacetado, e decide com este elemento desenvolver projetos que exploram as várias dinâmicas da palavra para elaborar novos discursos.

No ano de 2016, através do Programa para Valorização de Iniciativas Culturais – VAI I, nasce Livre História do BatUQUE, um espetáculo cênico musical que conta a trajetória do menino BatuQUE, um jovem que descobre sons e sonoridades a cada passo, toque e movimento que dá.

Esta obra mostra de forma lúdica o surgimento e desenvolvimento do batuque desde seu nascimento até o momento que ele ganha o mundo.

Durante o desenvolvimento do nosso primeiro espetáculo, nos deparamos com a figura do Griot contemporâneo, o MC, e com a legitimidade pulsante da cultura Hip Hop no empoderamento da periferia.

Essa foi a fagulha que nos deixou em chamas para criar o nosso novo projeto: “Do Tambor de

Pele ao Tambor Digital: A História do Hip Hop, contemplado pelo Programa para Valorização

de Iniciativas Culturais – VAI II, edição 2019.

No trabalho junto a essa movimentação cultural que possibilitou a expressão da segregação socioespacial e da construção de uma identidade alternativa e afirmativa que, justamente, por elaborar a experiência de exclusão, pôde se difundir por várias periferias do mundo, que resgatamos nossas matrizes africanas, através da tradição musical negra e suas releituras contemporâneas. Contando histórias, cantando histórias, abrindo portas para outros universos sempre em conexão com nossa criança interior.

 

Audrey Bessa: Produtora do Qu4tro Elementos Coletivo de Histórias.
É um tanto de coisa; das mais importantes: filha de Sandra, neta de Tânia e bisneta de Encarnação. Gosta dos brinquedos de tambor, de felinos e da arte em todas as suas manifestações. Atriz, Historiadora da Arte, Arte-Educadora, Pedagoga (em formação) e batuqueira. Em 2019 cruzou os caminhos de Qu4tro Elementos e desde então, tornou-se um quinto elemento dessa história.

Guilherme Frattini: Músico e Palhaço.
Dos brinquedos de infância, traz na memória o arame. Das diferentes possibilidades de uso do arame, o encantamento se deu através do som. A cada vibração, uma nova descoberta. A cada descoberta uma nova procura. E desde então é assim: diferentes cordas, diferentes vibrações, diferentes sonoridades, diferentes harmônicos. Brincante das cordas é um dos fundadores do Qu4tro Elementos Coletivo de Histórias.

Marcelo Sales: Ator e Dramaturgo.
Brincante das palavras. Aquele quem colhe palavras e histórias pelo caminho. Influência de seu pai, caixeiro viajante que desde os tempos de menino ensinou ao filho como preservar e transmitir memórias. É colecionador de histórias e um dos fundadores do Qu4tro Elementos Coletivo de Histórias.

Pedro Henrique: DJ e Músico.
Desde pequeno é fã de bolacha. Mas não é qualquer uma. Sua bolacha preferida é de vinil recheada de muitos sons. São muitos os sabores e ele adoro misturá-los. Amante dos bailes, das mixagens e dos scratches. Alquimista dos sons. É um dos fundadores do Qu4tro Elementos Coletivo de Histórias.

Ricardo Melo: Designer.
Papel. Lápis. Caneta. Rabisco. Traço. Linha. Mão inquieta que reproduz com maestria tudo o que os olhos atentam captam. Criador de universos e pessoas. Fã de rock, de felinos e de memes de felinos tocando rock. Em 2019 cruzou os caminhos de Qu4tro Elementos e desde então, tornou-se um sexto elemento dessa história.

Trabalhos Realizados

Livre História do Batuque

BatuQue é jovem.

Chegou aqui através dos seus antigos que vieram de África. Aqui nasceu, cresceu e formou família grande. Se você botar reparo, você encontra um monte de BatuQue por aí.

BatuQue é cheio de saudade. Essa saudade que só a gente sente e que não existe em língua nenhuma. Só na nossa.

Essa saudade corresponde aos milhões de anos de sua história, que vem atravessando os séculos e se enriquecendo, se transformando e tocando como um coração que embala o som da vida, inspirando e sendo inspirado.

Em Livre História do BatuQue, o Qu4tro Elementos Coletivo de Histórias, conta a história desse BatuQue. Desde que sua chama se acendeu, BatuQue, criança dos “Que”, mostrava ter muita curiosidade e desejo de descobrir o som e suas variações. Da batida do coração ao percutir na água, do toque do tambor ao beat do RAP, tudo que criasse uma musicalidade era bem-vindo para saciar o desejo de descobrir e transformar.

presentações Realizadas:

26/02/2016: Participação no Sarau Afrobase;
11/10/2017: Apresentação no CEU Butantã;
18/02/2018: Apresentação na Casa de Cultura Butantã;
20/02/2018: Apresentação CEU Sapopemba;
25/02/2018: Apresentação Centro Cultural Cachoeiras;
26/02/2018: Apresentação CEU Rosa da China;
02/03/2018: Apresentação CEU Cantos do Amanhecer;
19/03/2018: Apresentação CEU Jaguaré,
12/10/2018: Apresentação Centro Cultural do Butantã

 

 

 

 

Do Tambor de Pele ao Tambor Digital: A História do Hip-Hop.

O Qu4tro Elementos Coletivo de Histórias tem como proposta o resgate da tradição negra, com enfoque em trabalhar a cultura do Griot (o contador de histórias), resgatando uma educação ancestral e transformadora, que acessa profundamente os jovens da periferia, buscando na tradição algo que nos una.

Ao longo das pesquisas que resultaram no primeiro espetáculo do coletivo, “Livre História do BatuQue”, o grupo se deparou com a figura contemporânea do Griot: o MC. Assim surge a ideia do projeto “Do Tambor de Pele ao Tambor Digital: A História do Hip Hop”, que traz desta vez a história do tambor na modernidade, ao som de Pick-ups, DJ’s e MC’s.

Com o decorrer da pesquisa, o coletivo se deparou com diversas semelhanças entre a cultura negra mais “tradicional” e a cultura mais contemporânea do Hip Hop. Ambas as culturas carregam uma história bastante contada e desenvolvida por meio de mestres e essa característica se torna uma base para a maneira artística dos Qu4tro Elementos contá-las.

Também no início da pesquisa o grupo encontrou uma peça-chave, a cultura Hip Hop na maioria dos casos está vinculada ao público jovem e adulto, a partir dessa consciência foi tomada uma grande missão para o coletivo que é: partir do Griot (no caso Mc), levar essa cultura e seus mestres para todas as idades, envolvendo do público infantil até a terceira idade.

Além do espetáculo, que segue em produção, o grupo escolhe entregar esse projeto em outras mídias ao seu público: um podcast, um livro e um disco serão outras formas de conhecer essa história do Hip-Hop.